Todos nós temos um ponto de partida.
Podemos talvez não saber para onde iremos mas às vezes é possível saber de onde viemos.
Em Nova Friburgo temos um imenso potencial para descobrir uma considerável parte da originalidade das pessoas que vivem aqui e foi considerando isso que decidi investir em um projeto que visa estudar um pouco a respeito desse assunto e ao mesmo tempo que busca valorizar essas heranças da formação da cidade.
A origem da ideia
Tudo começa com uma caminhada para o Chapéu da Bruxa para gravar um conteúdo relacionado a esse lugar tão especial.
Na volta para casa eu estava me lembrando de minhas viagens por outros países em anos anteriores. Estava com refletindo se após a pandemia eu poderia voltar fazer um dos melhores investimentos da minha vida: conhecer outros lugares.
Foi neste momento que me ocorreu a ideia de juntar meu desejo por explorar novos lugares e a cidade da minha vida: Nova Friburgo.
A partir deste momento eu comecei a planejar o Projeto Origens.
Uma cidade e dez lugares diferentes
Se você visitar a Praça das Colônias no centro de Nova Friburgo vai encontrar um pavilhão com dez salas relativas aos povos formadores de nossa cidade.
Existem nove países e um continente, que no caso é a "colônia pan-africana", representando as formações ou origens culturais de nosso município.
Alemanha, Áustria, Suíça, Líbano, Hungria, Espanha, Itália, Portugal e Japão completam esse leque de formadores.
O projeto visa através de ações locais validar, e valorizar a herança dos destes povos formadores.


As primeiras ações relacionada ao tema foram o Tour Suíço realizado em Fevereiro de 2025, e o Tour Germânico em Maio de 2025.
Nestas ocasiões examinamos alguns aspectos relativos a esses povos formadores.
O que é a Expedição Origens?

Agora entramos em uma empreitada um pouco mais complexa.
Essa é uma plano de visitas para registros nos países anteriormente mencionados, os "países formadores" e decidi chamar essa etapa de Expedição Origens.
Ela visa documentar, por meio de registros fotográficos e videográficos, um pouco das raízes históricas e culturais desses lugares, tentando destacar sua influência na construção da identidade ao longo da trajetória do município.
Meu objetivo é conhecer esses lugares e através desta iniciativa mostrar o que existe no passado, presente e como o futuro se relaciona com Nova Friburgo.
Por questões práticas eu decidi separar esse plano em duas fases.
Tudo começa na África
Na primeira fase eu inicio a uma breve viajem por Angola onde irei buscar apresentar as introduzir a reflexão sobre as origens dos negros de Nova Friburgo.
Luanda, em Angola, tornou-se o maior porto de embarque de africanos escravizados para o Brasil, com os navios negreiros chegando principalmente ao Rio de Janeiro, Salvador e Recife durante os séculos XVIII e início do XIX.
Por isso escolhi começar por lá a expedição uma vez que para cá também foram enviadas essas pessoas.
Cabe ressaltar também que o motivo de começar pela África é que sem os negros Nova Friburgo não teria existido. Foram eles os que construíram os caminhos, as vilas e muito do que era necessário para o êxito deste projeto de 207 anos.
Até onde eu iriei?
Honestamente não sei dizer se conseguirei percorrer todos estes dez lugares.
No meu planejamento seguirei depois ainda em 2025 para a Suíça e posteriormente Alemanha, e talvez consiga neste ano ainda fazer Portugal completando assim a primeira fase do projeto.
Nova Friburgo deveria ser um exemplo pela sua diversidade cultural e histórica e se eu puder plantar alguma semente para ampliar essa percepção tudo já terá valido a pena.