Hoje eu registro as belezas singulares de nosso município usando câmeras digitais dos mais diversos tamanhos.
Meu iPhone de 2018 é uma das minhas favoritas graças a sua portabilidade e discrição.
Mas as vezes fico pensando como as pessoas faziam para registrar lugares, paisagens e personagens no passado quando Nova Friburgo era coberta de muita vegetação de mata atlântica.
Os registros dizem muito sobre como era a vida
Acho que os museus continuam sendo tão atrativos até hoje porque em em muitos deles encontramos pinturas do passado.
E quem não ama parar em frente a um quadro e deixar a imaginação retornar aos anos ou mesmo séculos atrás?
Levando isso em consideração eu escolhi 3 quadros que evidenciam um pouquinho de como era a vida no que hoje conhecemos como Nova Friburgo de 3 Pintores distintos.
Johann Jacob Steinmann
Em 1825 Johann foi contratado pelo governo brasileiro em Paris e mudou-se para o Rio de Janeiro em outubro do mesmo ano. Tornou-se litógrafo do imperador, sendo um dos pioneiros na impressão de mapas e fotografias no Brasil.
Em 1830, abriu sua própria empresa de litografia com autorização de Pedro I do Brasil.
Durante cinco anos Steinmann teve a maravilhosa oportunidade de produzir belos mapas litográficos e gravuras para os arquivos militares da Imprensa Cartográfica Oficial do Primeiro Império.
Terminado seu contrato com o governo de D. Pedro I, em 1830, ele se propôs a abrir sua própria oficina. Ali, com grande destreza, produziu folhas avulsas retratando os costumes da vida, figuras populares e até alguns mapas do Rio de Janeiro.
No ano de 1839 ele fez essa pintura que retratava a antiga fazenda do Morro Queimado onde percebemos claramente as Duas Pedras.
Jean-Baptiste Debret
Esse é provavelmente um dos mais famosos pintores de origem francesa que já pisaram no Brasil.
Ele teve uma profunda relação de amor com o nosso país e suas pinturas retratam diversos elementos da nossa história, cultura, fauna e flora também.
Jean-Baptiste Debret foi um artista francês que desempenhou um papel importante no registro e preservação da rica cultura e história do Brasil. Com suas pinturas, desenhos e litografias, deixou um legado duradouro do Brasil do século XIX.
Recentemente eu escrevi aqui mesmo no blog um artigo sobre os indígenas que habitavam a região de Nova Friburgo.
Uma das tribos era a dos Coroados, por isso escolhi essa linda pintura de Debret que retrata um indígena deste grupo.
Hermann Burmeister
A pintura de Hermann Burmeister é minha favorita uma vez que amo a orginaliade verde de Nova Friburgo e sua Mata Atântica.
Ele empreendeu duas viagens de pesquisa extremamente bem-sucedidas que o levaram de Halle à América do Sul.
Viajou em 1850 ao Rio de Janeiro, depois à Minas Gerais, atraído pela fama de Lagoa Santa, onde passou cinco meses em companhia de Peter Wilhelm Lund.
Retornou à Europa em 1852 e publicou três obras sobre a viagem ao Brasil: ''Reise nach Brasilien'', ''Landschaftliche Bilder Brasiliens'' e ''Systematische Übersicht der Tiere Brasiliens'' (3 volumes).
No Brasil foi publicada ''Viagem ao Brasil através das províncias do Rio de Janeiro e Minas Gerais: Visando especialmente a história natural dos Distritos Auri-diamantíferos'', ou seja, lugares com potencial para ouro e diamantes.
Por volta de 1853 ele esteve em Nova Friburgo e deixou essa litografia da "Vista detalhada da mata virgem próximo a Nova Friburgo."
Digitalização e colorização das pinturas
Utilizando recursos de inteligência artificial e softwares de edição como o Adobe Photoshop eu criei versões digitais com maior resolução para impressão destas três pinturas.
Todas elas estão em domínio público o que permite que você possa ter essas imagens em casa sem custos de direitos autorais.
As imagens estão disponíveis para download por R$18,00. Você pode clicar no botão abaixo para comprar.
O dinheiro obtido será usado na organização da minha primeira exposição fotográfica: "Pelos caminhos de Nova Friburgo".